sexta-feira, 20 de junho de 2014

As primeiras habitações de Sobral



Ao redor da Matriz e, mais tarde, da capela do Rosário surgiram as primeiras casas da povoação, geralmente baixas, quase sempre de tijolos e cobertas de telhas, e pertenciam a pessoas de boa linhagem, das quais descende grande dos habitantes de Sobral.


Os bairros da Matriz e do Rosário formavam dois pequenos centros de atividade, que pouco a pouco foram se desenvolvendo até que se uniram mediante o aparecimento de novas ruas


Como não havia nesse tempo a preocupação do urbanismo, resultou disso a irregularidade da edificação, sem alinhamento e sem estética, sobretudo nas adjacências das supraditas igrejas.


No começo do século XIX começaram a surgir casas melhores, até mesmo sobrados de boa aparência.


Notava o ouvidor Carvalho que em 1815 só havia em Sobral um sobrado, edificado à Rua Velha do Rosário, hoje Coronel José Sabóia, em 1814, pelo Coronel José Inácio Gomes Parente.


Detrás da Matriz era a casa de Gregório Francisco de Torres Vasconcelos, que foi professor de Latim e teve larga projeção social nas terras da Caiçara.


Diziam os antigos que na mesma rua funcionara durante muito tempo a Câmara Municipal, que tempos depois transferiu sua sede para o local onde surge hoje o palacete da Prefeitura.


Depois da praça da Matriz, o trecho mais antigo da cidade é a Rua das Dores, chamada Rua do Rio, depois a Rua Nossa Senhora do Bom Parto, hoje Pe. Fialho.


Na Rua do Rio tinha a sua casa de residência o coronel Francisco Ferreira da Ponte, filho do coronel Gonçalo Ferreira da Ponte, tronco desta família no Ceará. 

Estava ela situada numa esquina, à direita de quem vindo da praça da Matriz vai à capela das Dores.


Quando o  capitão Antonio Rodrigues Magalhães passou em 1756 a escritura de doação de cem braças de cada lado da igreja, excetuou alguns chãos, entre estes o da casa do coronel Francisco Ferreira da Ponte, seu amigo.


Em seguida vêm a Rua do Rosário (Rua Velha do Rosário), hoje Cel. José Saboia, e a Rua Nova, denominada até pouco tempo Rua coronel Campelo, que construiu ali um sobrado, defronte da igreja do Rosário, e hoje Ernesto Deocleciano.