Ao redor da Matriz e, mais tarde, da capela do Rosário surgiram as primeiras casas da povoação, geralmente baixas, quase sempre de tijolos e cobertas de telhas, e pertenciam a pessoas de boa linhagem, das quais descende grande dos habitantes de Sobral.
Os bairros da Matriz e do Rosário formavam dois pequenos centros de atividade, que pouco a pouco foram se desenvolvendo até que se uniram mediante o aparecimento de novas ruas
Como não havia nesse tempo a preocupação do urbanismo, resultou disso a irregularidade da edificação, sem alinhamento e sem estética, sobretudo nas adjacências das supraditas igrejas.
No começo do século XIX começaram a surgir casas melhores, até mesmo sobrados de boa aparência.
Notava o ouvidor Carvalho que em 1815 só havia em Sobral um sobrado, edificado à Rua Velha do Rosário, hoje Coronel José Sabóia, em 1814, pelo Coronel José Inácio Gomes Parente.
Detrás da Matriz era a casa de Gregório Francisco de Torres Vasconcelos, que foi professor de Latim e teve larga projeção social nas terras da Caiçara.
Diziam os antigos que na mesma rua funcionara durante muito tempo a Câmara Municipal, que tempos depois transferiu sua sede para o local onde surge hoje o palacete da Prefeitura.
Depois da praça da Matriz, o trecho mais antigo da cidade é a Rua das Dores, chamada Rua do Rio, depois a Rua Nossa Senhora do Bom Parto, hoje Pe. Fialho.
Na Rua do Rio tinha a sua casa de residência o coronel Francisco Ferreira da Ponte, filho do coronel Gonçalo Ferreira da Ponte, tronco desta família no Ceará.
Estava ela situada numa esquina, à direita de quem vindo da praça da Matriz vai à capela das Dores.
Quando o capitão Antonio Rodrigues Magalhães passou em 1756 a escritura de doação de cem braças de cada lado da igreja, excetuou alguns chãos, entre estes o da casa do coronel Francisco Ferreira da Ponte, seu amigo.
Em seguida vêm a Rua do Rosário (Rua Velha do Rosário), hoje Cel. José Saboia, e a Rua Nova, denominada até pouco tempo Rua coronel Campelo, que construiu ali um sobrado, defronte da igreja do Rosário, e hoje Ernesto Deocleciano.